A palavra etiqueta vem do francês “étiquette”, que se traduz como pequena ética, ou seja, aqueles pequenos gestos de convivência nas relações cotidianas. Por exemplo, dar um bom dia ao entrar no elevador, ceder o lugar aos mais velhos, pedir licença ao interromper uma conversa, e assim por diante. Sabe-se, portanto, que a etiqueta trata de orientações de conduta e de boa convivência entre as pessoas, algo que é tão importante para o ser humano, que tem sido objeto de interesse e estudo ao longo dos séculos.
Analisando a etiqueta sob o contexto histórico, sabe-se que o primeiro registro escrito sobre instruções de conduta foi encontrado em um papiro por volta do ano 2.500 a.C. no Egito Antigo. E a partir daí surgiram vários momentos, como por exemplo, o Código da Cavalaria medieval, com preceitos valiosos de disciplina, caráter e lealdade para o convívio social. E durante o século XVII, Luís XIV, o famoso “Rei Sol”, sistematizou as normas de comportamento e convivência dentro da corte francesa, em um grande sistema escrito, transformando a França na grande referência de requinte, luxo e elegância da Europa. Já no Brasil, as regras de etiqueta europeias chegaram através de D. João VI, por ocasião da transferência da corte portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro no começo do século XIX.
Hoje, em pleno século XXI, a etiqueta nunca foi tão importante. Ela deve ser compreendida a partir da percepção da importância do outro na nossa vida, facilitando uma aproximação entre as pessoas com transparência, lealdade e sinceridade de coração. Assim, aprender a etiqueta vai muito além de saber se portar corretamente à mesa em um jantar formal de negócios, ser elegante e agradável em eventos sociais, ou ainda conseguir gerar confiança na hora de fechar negócios. Aprender a etiqueta, hoje, passa por uma decisão consciente de transformação da forma de se ver e ver o outro, de querer construir uma sociedade mais verdadeira, mais humana e mais gentil.