Nos tempos de nossos avós e bisavós, receber uma visita em casa para tomar um chá ou um café era um hábito quase que diário. Moer o café, colher as ervas no jardim, fazer biscoitos e bolos…era como um ritual para acolher o outro. Nos tempos atuais, sentimos falta desse acolhimento. Por isso, o grande movimento em torno do receber bem, e a forte tendência dos eventos intimistas, em casa.
Receber bem é uma arte, envolve conhecimento, planejamento, experiência e uma série de detalhes encantadores que contribuem para o brilho da recepção. Mas nada é tão importante e especial quanto o desejo de acolher, vindo do coração. Eis o grande requisito para ser um bom anfitrião.
Entendo que anfitrião não é só quem recebe em casa, mas todo aquele que acolhe o outro. Tem na alma o desejo de agradar, seja na rua, no trabalho ou em qualquer confraternização.
Já dizia o grande mestre de etiqueta dos anos 50, Marcelino de Carvalho: “O primeiro requisito de sucesso social é agradar. Agradar é a maior qualidade que pode ter um homem. Há pessoas que agradam sem saber porque. Virtude inata. Inconsciente. Tudo que fazem produz esse efeito.”